sábado, 2 de julho de 2011

O mesmo de sempre.

Certo dia, um novo amigo meu leu as poucas postagens que eu tenho nesse blog e me fez a seguinte pergunta:
- Thiago, por qual motivo você escreve tanto de saudade?
Na verdade, eu nem tinha percebido isso. Nunca tive intenção de fazer um blog com um tempero nostálgico. Também nunca tive a intenção de ser blogueiro, até por que não acredito que eu tenha o "dom para a coisa". 

Posso dizer que escrevo sobre saudade porque minha vida é feita de saudade. Saudade dos meus pais, dos meus irmãos, do minha cidade pequena, da minha bicicleta roxa e verde, da escola, dos meus amigos, de quando meu único medo era de quando a Dona Carmem via a Mili fazendo travessuras... Poxa, eu era feliz e sempre soube disso. A infância é a melhor parte da vida, mas vai passando o tempo e as preocupações com tazos e figurinhas se transformam em preocupações com provas, namoros, amizades.. Mas isso faz parte do crescimento e durante esse tempo, muitas pessoas entram e saem da nossa vida. Sempre procurei valorizar cada pessoa que esteve comigo em cada fase da minha vida, mas quando olho para trás, acho que podia ter valorizado mais.  É nessas horas que eu penso o quanto o ser humano é falho em todos os sentidos. E burro também.

Essa minha saudade de algo ou alguém, não é somente saudade, é um misto. Um misto de falta, impotência, covardia, indignação e de tantas outras coisas que não saberia explicar. Acho que eu sinto essas coisas por ser simplesmente humano, falho e burro como todos os outros. É tanta gente passando fome, frio, sede.. e eu aqui, sem poder evitar. E quem pode evitar, não faz nada! É tanta gente que não passa fome, frio e sede, mas sempre tem motivo pra reclamar da vida. Tantos dogmas religiosos e filosofias vãs que, ao invés de ajudar a sociedade a se desenvolver, causam atraso mental. E tantas outras coisas que, se a gente parar pra pensar, dá vontade de ir morar em Marte.

Mas é como diz aquele comercial antigo: "Se não puder fazer tudo, faça tudo que puder".